Primeiro temos que desconstruir a ideia de que a psicologia é coisa de doido. Coisa de gente com um parafuso a menos, ou com um parafuso a mais. Não é. A psicologia é ciência e é serviço que a gente procura quando deseja ou precisa mexer com nosso desenvolvimento pessoal.
Se fosse uma pessoa, a psicologia teria uma orelha gigante, capaz de ouvir nossos anseios, medos, frustrações e desejos. Enfim, ouvir nossas subjetividades – aquilo que cada um tem de único. Ela também teria olhos enormes, capazes de ver as marquinhas e marconas que vamos ganhando pela vida.
Além da orelha e dos olhos, a psicologia também tem uma boca imensa. Ela consegue falar com a nossa intimidade. Consegue se comunicar com aquilo que a gente traz guardadinho naqueles cantinhos que vamos colecionando e arrumando pela vida afora. Ela conversa sobre a nossa forma de se relacionar com os outros.
A SEGUNDA ideia para desconstruir é:
É o mito de que psicologia só existe no consultório. Não é verdade. A psicologia, além das quatro paredes, atua em variadas áreas, como saúde, saúde mental, educação, esporte, medidas socioeducativas, direitos sociais e humanos, entre outras.
No Brasil, a profissão de psicólogo foi instituída em 1962. De lá para cá, em uma rica história, os profissionais foram entendendo que não existe pessoa sem sociedade e nem sociedade sem pessoas. Em outras palavras, cada pessoa tem sua história. E a história com H maiúsculo é o conjunto de todas essas histórias.
A partir daí, a psicologia começou a pensar, junto com outros profissionais e parceiros, políticas públicas voltadas para a melhoria da qualidade de saúde e de vida dos habitantes do Brasil. Passou a pôr na roda da sociedade: seus saberes, suas técnicas, seus estudos.
Fonte: A psicologia e sua interface com os direitos das crianças e dos adolescentes