tas, feministas, gestores e ministros de Estado no país. Apesar do vasto coro que sustenta esse reconhecimento, o debate público sobre a descriminalização do aborto caminha a passos lentos.
A principal força contrária é um tipo de moral baseada numa sobreposição de crenças religiosas e filosóficas que se interpõem aos argumentos de ordem do direito e da democracia, conforme apresenta em seu artigo a organizadora Débora Diniz. O quadro de consequências perversas geradas pelo aborto clandestino para a saúde das mulheres deve ser comprovado por estudos que explorem diferentes facetas sobre o tema. Segundo a organizadora do número, “não devemos esperar que o dilema moral do aborto seja solucionado por um pacto razoável sobre crenças tão diversas. Nossos esforços argumentativos devem estar na produção de evidências científicas que demonstrem as consequências para a vida e a saúde das mulheres”.
E isso foi feito como tarefa conjunta por pesquisadoras que submeteram os resultados de suas investigações a este número temático, para as quais tiveram apoio de instituições de fomento como o CNPq e a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde.
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